RENATO RUSSO E A LEGIÃO URBANA
Músicas como ‘Será’, ‘Pais e Filhos’, ‘Tempo Perdido’, ‘Há Tempos’, ‘Faroeste Caboclo’, ‘Eduardo e Mônica’ e muitas outras atravessaram as décadas de 80, 90 e chegaram aos dias de hoje, quase 12 anos após o fim das atividades de Legião, como sucessos que ainda retratam com impressionante atualidade, nossa realidade emocional, social e política. São essas características das músicas da Legião Urbana que fazem da banda uma unanimidade que liga diversas gerações num gosto comum.
O autor de todo esse lirismo marcante expresso nas letras teria completado 48 anos no último dia 23 de março se estivesse vivo. Renato Manfredini Junior, o Renato Russo, nasceu no Rio de Janeiro, em 1960. Aos 7 anos, foi morar com a família em Nova Iorque, pois o pai, que era funcionário de um grande banco brasileiro, foi transferido para trabalhar na agência daquela cidade. Nos Estado Unidos, Renato teve estreito contato com a língua inglesa.
Dois momentos de Renato: no colo da mãe, dona Carmem, aos dois anos e ...
Renato segurando a placa da escola, durante a temporada nos Estados Unidos
Em 1973, Renato e a família vão morar na Asa Sul, em Brasília. Ao completar 15 anos, em 1975, os médicos descobrem que Renato Manfredini tem uma doença óssea chamada epifisiólise, que em Renato, praticamente dissolveu a cartilagem do osso que liga o fêmur à bacia.
Renato só voltou a andar aos 18 anos, em 1978, mesmo ano em que o jovem Felipe Lemos, o Fê, então com 16 anos e filho de um professor da Universidade de Brasília, voltava com a família de uma temporada na Inglaterra para morar num conjunto com quatro prédios em Brasília, chamado de Colina.
Numa noite de 1978, Felipe Lemos vai com amigos a uma festa. A vitrola ecoa aos quatro ventos músicas das bandas Ramones, The Clash e Sex Pistols, as mesmas que o jovem costumava ouvir na Inglaterra. Interessado em conhecer o dono dos discos, Fê Lemos é apresentado, naquela festa estranha, a um sujeito esquisito vestido com camisa social, e que andava segurando um guarda-chuva numa mão e uma capanga na outra, Renato Russo.
A escolha do nome foi inspirada por um literal aborto elétrico ocorrido durante uma passeata em Brasília. A tropa de choque entrou em ação desferindo choques com as pontas dos cacetetes sobre os manifestantes. Uma moça grávida não resistiu às descargas elétricas e abortou no meio da rua, uma menina que se chamaria Fátima, e que acabou dando nome a uma música do Aborto Elétrico, que se tornou um dos maiores sucessos do grupo Capital Inicial posteriormente.
Renato Russo falou para a revista ShowBizz, em 1989, sobre a ocasião do aborto e sobre as reuniões da turma da Colina em Brasília:
ENTREVISTADOR - Falem um pouco mais da repressão.
RENATO RUSSO - Era tão louco, nem eles sabiam o que era. Implicavam com todo mundo. Era época da redemocratização. A Colina, que era nossa base bem no comecinho, era também a residência dos professores da UNB - gente da esquerda que não podia falar... E volta e meia vinham as joaninhas - não, nem joaninhas, era veraneio mesmo. Essa história de "Veraneio Vascaína" é por causa disso. Eles entravam na universidade, aquelas coisas de bater em estudante etc. O nome Aborto Elétrico é justamente porque eles inventaram, em 68, os cassetetes elétricos que davam choque. Numa dessas batidas, uma menina que estava grávida, nada haver com a história, levou uma tal daquelas cacetadas e perdeu a criança! Coisa de mau gosto! Então, Aborto Elétrico era o que representava a música da gente. Agora, a repressão existia em vários níveis, em todos os lugares. Tinha de se ter muito cuidado com o que se falava - não podia falar mal do governo, nada. Nem bzzzzzz. E era só verem um grupo de jovens juntos que vinham estragar, tipo desmancha prazer. Hoje ainda continua. Cada quatro quadras tem uma viatura especial, com telefone especial... Você viu o que aconteceu no show de Brasília, não? Lá é muito bravo mesmo. Mas a primeira vez que eu fui preso foi o seguinte: já tínhamos a turma punk e nessa época era meio perigoso, porque os boyzinhos começaram a dar porrada nos mais fraquinhos da turma. No André Müller e no Pretórius nuca batiam, porque eles eram enormes. Mas os garotinhos de treze anos, como o irmão do Zé Renato, usava brinco, pronto: vai lá e toma porrada! Eu sempre tentava apaziguar os ânimos. Dizia: "Não, gente, vamos explicar o que é que é. Quem sabe eles entendem." Nesse dia, eu, com minha roupa punk e toda a turma, falamos: "Vamos para outro lugar, não vamos ficar aqui." (isso foi em 81). Já estávamos indo embora quando chegou esta galera, de 15, 16, 17 anos, todos com aquele uniformezinho igual, sabe, roupa assim de jovem normal, boyzinho... E chegou o liderzinho, um cara "inteligente": "Por que, se vocês são brasileiros, ficam rabiscando a camiseta com essas coisas em inglês?" e eu explicando, tentando convencer: "Pô, vamos ficar todo mundo amigo. Olha, tenho um loló aqui. Vamos cheirar?" O cara que estava do lado dele era federal, e: "Mão pra cabeça!" E foi um teatro só. Ele pegou uma varetinha, com um chicote, e disse: "Na parede! Abre as pernas!" E os boyzinhos, claro, gritando: "Punk se fodeu! Punk se fodeu!" Uma coisa estúpida, porque a primeira coisa que o federal fez, foi jogar a garrafa de loló para os boyzinhos. E eles ficaram lá, cheirando. Eu fiquei tão puto com isso! É contra lei e tudo, mas foi aí que eu vi como era realmente a corrupção. Passei a noite no xadrez... A segunda vez, na festa do Estado, foi mais humilhante. Fora o que aconteceu na "Roconha". Nesta festa (dos Estados) estava lá eu - foi quando o John Lennon morreu - com os meus badges, meu cabelo colorido da Mônica, bêbado, falando para todo mundo: "Alê! Eu te amo! A vida é bela!" Perguntava o signo - nessa época eu lia Tarô, fazia mapa astral, um híbrido total. E de repente veio um cara e me deu um puta soco. Eu não me lembro direito, porque eu estava bêbado. Mas fui parar lá no porão da prisão. Mandaram eu tirar a roupa... horrível.
ENTREVISTADOR - Você falou em "Roconha"?
RENATO RUSSO - Roconha era o seguinte. Tinha uma galera com um sítio - acho que era filho de um médico. sei lá. Então fizeram três Roconhas - a primeira parece que foi um escândalo, o máximo, mas ninguém ficou sabendo. Eles abriam a fazenda, o pessoal chegava de carro e ficava ouvindo som: você arrumava uma menina, ficava na boa com ela, fumava unzinho... A segunda foi mais divulgada. Fizeram um convite com um mapinha numa sede, dizendo: "traga o seu". Bem, aí nós juntamos na casa do Fê, todo mundo gala, com correntes e tudo, fomos todos para a Roconha. Mas nem entramos! Já tinha policial para tudo quanto é parte - parecia até cena do Kojak, com cachorro e tudo. Já entramos com a mão na cabeça, uns cinqüenta jovens sentados naquele chão de verão que ficava uma poeira só. O que teve de vestido branco que se acabou nesse dia!
DADO VILLA LOBOS - E eles: "Quem é filho de militar, para cá. Os menores para lá."
RENATO RUSSO - E eles nos dividindo e a gente: "Não! Temos de ficar juntos." Foi uma coisa psicologicamente muito ruim. Mas quem sofreu mesmo foram menores. Abusaram mesmo! Os pais iam lá pegar as garotas e eles falavam: "Sua filha é uma piranha, andando com maconheiros!" Aquelas menininhas de 13 anos chorando, chorando, chorando. Foi horrível! Aí fizemos "Veraneio Vascaína".
Terceiro show do Aborto Elétrico
Em 1981, o Aborto Elétrico fazia muitos shows em festas e festivais de colégios. Ico Ouro-Preto, irmão de Dinho do Capital Inicial, entrou para a banda como guitarrista, e Renato Russo assumiu a função de vocalista exclusivamente.
Fê Lemos e Flavio Lemos entraram para a banda Capital Inicial, que acabou herdando do Aborto Elétrico, as músicas ‘Fátima’, ‘Veraneio Vascaína’, ‘Ficção Científica’ e ‘Música Urbana’.
Renato como trovador solitário
Renato queria montar outra banda, e foi com o baterista Marcelo Bonfá, o guitarrista Eduardo Paraná e o tecladista Paulo Paulista que a lendária Legião Urbana teve início. A banda herdou várias músicas do Aborto Elétrico, entre as quais, fizeram sucesso ‘Química’, ‘Geração Coca-Cola’, ‘Que País é Este’, ‘Conexão Amazônica’, ‘Tédio Com um T Bem Grande Pra Você’ e ‘Ainda é Cedo’. A primeira apresentação do grupo foi na cidade mineira de Patos de Minas, em 5 de setembro de 1982, no festival Rock no Parque. Foi a única apresentação de Eduardo Paraná e Paulo Paulista, que deixaram a Legião Urbana logo depois.
O guitarrista Ico Ouro-Preto passou a integrar a Legião Urbana, porém, a falta de uma seqüência fixa de ensaios e o medo de palco o fizeram deixar a banda antes da primeira apresentação em público, que seria na Temporada de Rock Brasiliense.
Depois de uma incessante procura por um novo guitarrista, chegava Dado Villa-Lobos, que já tinha um grupo chamado Dado e o Reino Animal. Estava formada a Legião Urbana, com os integrantes que tanto ficou conhecida: Dado, Renato e Bonfá.
A famosa e inesquecível formação
Em julho 1983, a Legião faz um show no Circo Voador, no Rio de Janeiro. Após a apresentação, que foi um marco na história da banda, a Legião é convidada para assinar com a gravadora EMI. O baixista Renato Rocha, o Negrete, entra para a banda em 1984, quando começam as gravações do primeiro álbum.
O disco 1, Legião Urbana, é lançado em 1 de janeiro de 1985, e a música ‘Ainda é Cedo’ é a primeira a ser tocada nas rádios FM de norte a sul do Brasil. As músicas ‘Será’ e ‘Por Enquanto’ são outros grandes sucessos do primeiro trabalho da Legião.
A nova formação de 1984, com o baixista Renato Rocha
Ainda em 1985, começam as gravações do segundo disco, que teria o nome "Mitologia e Intuição" e seria um álbum duplo, mas, como a gravadora não concordou, o trabalho foi lançado só com um disco, em 1986, sob o título "Dois", que é a segunda marca de maior venda da Legião, com 1,2 milhão de cópias. As músicas ‘Tempo Perdido’, ‘Índios’, ‘Quase sem Querer’ e ‘Eduardo e Mônica’ são os grandes sucessos desse segundo trabalho da Legião. Nessa época, a banda quase acabou.
Passada a fase de quase dissolução do grupo, começam as gravações do terceiro disco, Que País é Este, que foi lançado em 1987 e é o disco da Legião considerado mais punk , já que das 9 músicas do trabalho, 7 eram da antiga banda Aborto Elétrico.
Durante a turnê de divulgação do disco Que País é Este, um show realizado no estádio Mané Garrincha, em Brasília, em junho de 1988, acabou em imensa confusão generalizada. A apresentação começou com atraso, e Renato Russo estava bem humorado no palco, fazendo brincadeiras com a platéia.
Na quarta música, ‘Conexão Amazônica’, um integrante da platéia passou pelos seguranças e subiu no palco. Agarrou Renato Russo pelo pescoço, como que querendo estrangulá-lo. O vocalista revidou com golpes de microfone na cabeça do agressor, que foi contido pelos seguranças e retirado do palco.
Momento em que Renato Russo é agarrado pelo pescoço durante o show em Brasília
O show continuou e uma bomba foi jogada no palco. A Legião Urbana abandonou a apresentação antes do fim e o público ficou furioso. Outras bombas foram jogas no palco e teve início um quebra-quebra generalizado no estádio. Em meio ao caos, o saldo foi de 385 atendimentos médicos. O governo do Distrito Federal moveu um processo contra a Legião Urbana.
O tumulto no estádio Mané Garrincha, em 1988
Renato Russo não gostava das apresentações ao vivo, principalmente com a presença de grandes platéias, e era contra o trocadilho com o nome da banda (Religião Urbana) feito pelos fãs.
A banda novamente sem Renato Rocha e ...
num registro da década de 90
O álbum foi lançado em 1989, mesmo ano em que Renato Russo descobriu ser portador do vírus da AIDS, em pleno auge da carreira. O disco aborda temas como a própria AIDS, na música ‘Feedback Song for a Dying Friend’, o homossexualismo, em ‘Meninos e Meninas’, e ainda expressa a tradicional crítica tão característica nos trabalhos da Legião, na música ‘1965 Duas Tribos’.
O quinto disco ‘V’ foi lançado em novembro de 1991 e é bem melancólico, pois foi produzido na época em que Renato tinha descoberto ser portador do HIV, além de passar por problemas no relacionamento amoroso, e com o alcoolismo. Os destaques do disco ‘V’ foram a crítica social ‘Teatro dos Vampiros’ e a melancólica ‘Vento no Litoral’. Para muitos fãs da banda, o disco é a grande obra prima da Legião Urbana. A turnê de divulgação do trabalho teve que ser interrompida em 1992, quando a já frágil saúde de Renato Russo apresentou complicações.
O sexto disco, O Descobrimento do Brasil, foi lançado em dezembro de 1993. As músicas falam de esperança e despedida, pois marcam a fase em que Renato tinha iniciado um tratamento contra a dependência química. O disco foi um dos que menos tocou nas rádios.
No início de 1996, piora o estado de saúde de Renato Russo, e o cantor entra em depressão profunda. As gravações do sétimo disco, A Tempestade ou o Livro dos Dias, é interrompida várias vezes e dura seis meses. O disco foi lançado em 20 de setembro de 1996, e não possui agradecimentos e nem a tradicional frase presente em quase todos os discos da Legião Urbana: Legio Omnia Vincit (Legião Urbana a tudo vence). Renato recusou-se a tirar fotos para o disco, cujas letras são uma espécie de carta de despedida aos fãs. As Fotos para o encarte foram produzidas perto do lançamento, com exceção da de Renato Russo, que foi uma fotografia antiga reaproveitada.
A foto do disco 'A Tempestade': montagem com uma imagem antiga de Renato Russo
Ao fim das gravações de ‘A Tempestade’, em junho de 1996, Renato se isolou em seu apartamento, em Ipanema, no Rio de Janeiro, muito debilitado por uma forte pneumonia.
No dia 11 de outubro de 1996, pesando 45 quilos, morria Renato Russo, um dos maiores letristas e cantores do rock brasileiro. Seu corpo foi cremado no dia seguinte, no Cemitério do Caju, e as cinzas jogadas no jardim do sítio do paisagista Roberto Burle Marx. Onze Dias depois da morte de Renato, em 22 de outubro, Dado e Bonfá anunciavam o fim da Legião Urbana.
Após a morte de Renato Russo, foram lançados o Acústico MTV Legião Urbana, em 1999, e mais 4 discos com gravações anteriores a 1996, além da coletânea Música para Acampamentos, lançada em 1992. Existem ainda 8 discos solo de Renato Russo.
Renato deixou um filho, Giuliano Manfredini, que hoje tem 19 anos e mora com os avós paternos em Brasília. O rapaz foi fruto de uma rápida relação entre o cantor e uma fã que, segundo os pais de Renato Russo, morreu num acidente de carro, em 1990.
Com o filho Giuliano Manfredini
O filho de Renato Russo em foto de 2006, aos 17 anos: guitarra como hobby e planos de estudar Direito
O veterano cineasta Antônio Carlos da Fontoura está dirigindo um filme Sobre a Legião Urbana, "Somos Tão Jovens", que tem o lançamento previsto para o final de 2008, ou no decorrer de 2009.
A Legião Urbana ainda é o terceiro maior grupo musical da gravadora EMI em venda de discos por catálogo em todo o mundo hoje em dia. São 13 discos que ultrapassam as 19 milhões de cópias vendidas, o que dá uma média de cerca de 200 mil cópias por mês. Uma marca que, sem dúvida, dá à Legião Urbana do eterno trovador solitário Renato Russo, o título de maior banda brasileira de rock em todos os tempos.
Cássio Ribeiro
Críticas e sugestões: e-mail zzaapp@ig.com.br e orkut http://www.orkut.com/Profile.aspx?uid=18423333339962056517
12 Comentários:
Hello. This post is likeable, and your blog is very interesting, congratulations :-). I will add in my blogroll =). If possible gives a last there on my blog, it is about the TV de Plasma, I hope you enjoy. The address is http://tv-de-plasma.blogspot.com. A hug.
Por Anônimo, às 19 de abril de 2008 às 12:37
Thank You! Always return ok.
Por Cássio Ribeiro, às 12 de maio de 2008 às 00:04
Pow , sou muito fão do renato e sua história... Essa sua pesquisa foi incrível, até melhor do que o "Por todo minha vida da Globo" F-a-s-c-i-n-a-n-t-e!!!!
Parabéns pelo trabalho..
(...O mundo começa agora, apenas começamos...-Metal contra as nuvens)
Por Isa V ..., às 17 de março de 2009 às 09:12
Excelente texto sobre o Renato Russo!
Muito bom mesmo!!
Agora é esperar o filme.Se for como estou pensandok,vai ser bom!
Por Anônimo, às 3 de setembro de 2009 às 20:12
Caramba .. soube fazer tudoo certinhoo . muitoo correto cara
sou fã do legiao e o eterno trovado solitario , parabéns pelo trabalho
:D
Por loro, às 23 de março de 2011 às 03:54
muitoo boom caraa .. otimo maravilhoso , melhoor que qualquer outroo site e explicaçôes dadas até que os proprios marcelo bonfá e dadoo ..sou fã de legiaoo
parabéns aprendi mtoo mais sobre a Banda e a carreira de reanto graças a vc..
parabéns ' :)
Por loro, às 23 de março de 2011 às 03:55
Muito bom, adorei, sou legionária, amo Renato sua história é muito boa, pena não estar mais aqui, mas com certeza esta fazendo muito sucesso onde esta agora. Bjs.
Por :) Silvana, às 22 de junho de 2011 às 14:23
Ótimo trabalho. Não poderia ter matéria melhor. Parabéns!!
Por Unknown, às 5 de setembro de 2011 às 13:38
Excelente matéria.
Por Auxílio a Mecânica, às 25 de setembro de 2012 às 13:49
Excelente matéria.
Por Auxílio a Mecânica, às 25 de setembro de 2012 às 13:49
muito bom essa matéria, bem escrita, parabéns, usarei na minha page do face, curte lá, te darei até creditos ^^
Por ---, às 27 de janeiro de 2013 às 16:18
https://www.facebook.com/pages/Music-isT-my-life/513563221999425
Te utilizarei de referência, curte lá ^^
Por ---, às 27 de janeiro de 2013 às 16:19
Postar um comentário
<< Home